Lá pelos idos de 1989, a francesa Ségolène Royal afirmou duramente em um livro que "a sociedade japonesa é tolerante à violência e pornografia". Disse certa vez também que "alguns quadrinhos japoneses contêm material sexista". Essas declarações têm vindo à tona por esses dias, uma vez que, pra quem não acompanha o noticiário, a socialista Royal é quem disputa a presidência da França com o conservador Nicolas Sarkozy. Os dois se enfrentam em segundo turno, dia 6 de maio. E isso cai como uma bomba num país onde o mangá cresce cada vez mais rápido, como está acontecendo na França.

Felizmente temos um defensor na política. O ministro japonês de Assuntos Externos, Taro Aso, um dos mais crescentes defensores do mangá e anime como embaixadores da cultura nipônica, perguntado sobre as declarações de Royal, disse simplesmente “Eu acho que ela deveria ler um pouco mais” (mangá). "Aso apontou que alguns quadrinhos para meninas, os famosos shojo, por exemplo, têm o conteúdo muito mais diverso do que Royal imagina. Além disso, disse que os repórteres não deveriam dar tanta atenção a comentários de estrangeiros sobre a cultura japonesa." (Henshin)

Pardon, madame Royal, mas perdeu meu voto. Allons enfants de la patrie! Votez Sarkozy^^!